
Abusos na Angomart
Por outro lado, no supermercado Angomart, os trabalhadores associados ao sindicato dos trabalhadores das indústrias alimentares e do comércio, também ameaçam com paralisação nos próximos dias em virtude de os gerentes e directores de loja de nacionalidade indiana usarem do assédio moral para explorar e abusar dos direitos dos operários.
Trabalhadores escudando-se no anonimato, por temer replesálias disseram que diariamente assiste-se da parte dos indianos ataque aos trabalhadores angolanos com expressões menos dignas como estas:
‘Amanhã não vem mais’, ‘o emprego está dificil’!
Isso, no seu ver, “é uma forma de intimidar e forçar os angolanos a aceitarem se submeter aos seus caprichos e exigimos que a empresa declare fim a esse tipo de assédio moral”.
Na Angomart, afirmam os descontentes, trabalha-se sob pressão.
“Somos descontados de forma abusaiva.
Um trabalhador que ganha 76 mil kwanzas lhe é descontado 30 mil kwanzas ”.
Acusam que no sector da restauração os cozinheiros, por vezes, abandonam a cozinha para atender no balção, e na área dos recursos humanos, o operário responde por duas ou três lojas que acaba sendo motivo de stress e impedimento para o desenvolvimento harmonioso e profissional da actividade diária.
“Mas somos pobrigados a trabalhar”, lamentam. Contactada, para o contraditório, um dos gestores abordado por este jornal disse que nãp podia falar sem autorização. “Não estamos autorizados a falar para a imprensa, sem autorização dos sócios”, observou.