
ANGOLA: Hotéis paralisam por violação de acordo de trabalho
Os trabalhadores do grupo Teixeira Duarte (TODA) afectos aos hotéis Trópico, Alvalade, Baía e HCTA em assembleia-geral realizada esta semana, decretaram greve geral a partir da próxima sextafeira, 16, devido aos maltratos efectuados pela entidade empregadora por não cumprimento do caderno reivindicativo.
A Angomart informação foi avançada pelo vice-presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Comércio Hotelaria e Turismo de Angola, Filipe Zua, dizendo, existe preocupações sobre a má gestão do pessoal, assim como as más condições de trabalho. Como afirmou Zua, existe também um mau relacionamento com os trabalhadores.
“Um hotel de 24 quartos é arrumado por duas camareiras e quando despedem a outra fica apenas uma e o resultado é subcarregar o trabalhador. E os clientes reclamam devido a má qualidade dos serviços”.
De acordo com o sindicalista, há exploração dos trabalhadores e não existe respeito na abordagem entre os superiores hierárquicos e os inferiores.
“Alteram os horários de trabalho sem o consentimento dos trabalhadores que acabam assim um por permanecer ao serviço para lá das oito horas laborais estabelecidas por lei sem remuneração.
” O acordo colectivo de trabalho ractificado com o sindicato não está a ser cumprido nas unidades hoteleiras em causa, numa altura em que também não existe a angolanidade na gestão dos recursos humanos.
“Há perseguição de quem reclama, no caso, os sindicalistas e trabalhadores apanhados a reclamar”, referiu o responsável sindical. Grupo TDA defende-se O director-geral de recursos humanos do grupo Teixeira Duarte, José Nuno Ferreira da Costa, ameaçou o sindicato, afirmando que, “a gestão centralizada praticada por essa direcção é matéria alheia à intervenção sindical. Garantiu “um permanente apoio e disponibilidade”, rejeitando qualquer acto discriminatório ou outras anomalias vividas na naquela empresa.
“Registaram-se comportamentos ilicitos por parte de alguns operários em duas unidades hoteleiras, mas os processos disciplinares foram conduzidos de forma externa e imparcial sem qualquer constrangimentos