EUA admitem “termos generosos” à Rússia, mas avisam com novas sanções

Os Estados Unidos admitiram ter oferecido “termos generosos” à Rússia nas negociações para pôr fim à guerra na Ucrânia, incluindo aliviar sanções, mas alertaram para a possibilidade de impor novos custos económicos caso Moscovo continue a rejeitar um cessar-fogo.
Por: Carla Embondeiro
A posição foi apresentada pelo representante norte-americano na ONU, Mike Waltz, durante uma reunião do Conselho de Segurança. O diplomata afirmou que a guerra “não terminará militarmente” e defendeu negociações imediatas entre Kyiv e Moscovo.
Waltz lembrou que Washington aplicou, em outubro, novas sanções às duas maiores petrolíferas russas e garantiu que continuará a fornecer armas à Ucrânia, sublinhando que o objetivo é alcançar “uma paz duradoura”.
Na mesma sessão, o embaixador russo, Vasily Nebenzya, rejeitou os apelos ao cessar-fogo, alegando que isso daria “um respiro” à Ucrânia, enquanto os representantes do Reino Unido consideraram que Moscovo demonstra “desespero”, apontando perdas militares que classificam de “insustentáveis”.
A Casa Branca confirmou a existência de um plano preliminar de paz, composto por 28 pontos, que prevê a cedência dos territórios ocupados pela Rússia e a redução do efetivo militar da Ucrânia para 400 mil soldados. Kyiv informou que o Presidente Volodymyr Zelensky discutirá o documento com Donald Trump “nos próximos dias”.
