
Estados Unidos da América penalizam Angola com aumento das tarifas de 15% para 68,45%
Washington, D.C. – A recente aproximação entre Angola e os EUA, que esfriou naturalmente com o fim da presidência de Joe Biden, foi suficiente para travar a imposição de tarifas globais penalizadoras (que até baixaram de 32% para 15%), medida que foi considerada pelo governo como “uma vitória histórica para a diplomacia económica, resultado de um processo contínuo de diálogo e cooperação entre o Executivo e as autoridades norte- -americanas”, segundo um comunicado, publicado em Agosto, do Ministério das Relações Exteriores, mas não foram suficientes para impedir tarifas mais elevadas sobre o silício metálico angolano. O Departamento de Comércio dos Estados Unidos anunciou a imposição de uma pesada tarifa preliminar sobre as importações de metal de silício de Angola. A medida, que visa combater práticas de dumping (venda a preços injustamente baixos), foi celebrada pelos produtores americanos Ferroglobe USA e Mississippi Silicon, que representam a totalidade da produção do setor no país.O metal de silício é um material considerado crítico, utilizado numa vasta gama de produtos, desde alumínio e silicones a painéis solares e semicondutores. Os produtores americanos afirmam que esta decisão é um passo fundamental para garantir uma concorrência justa e proteger uma indústria doméstica vital para a segurança nacional e para a transição para energias limpas.A taxa antidumping preliminar, imposta por práticas de preços desleais, foi fixada em 68,45% para as importações provenientes de Angola, com efeito a partir de 30 de setembro de 2025.”Estas decisões são um passo importante para restaurar a concorrência leal no mercado dos EUA”, afirmou Eddie Boardwine, CEO da Mississippi Silicon. “Para os nossos funcionários, clientes e comunidades, esta ação ajuda a garantir um futuro forte para a indústria americana.””Agradecemos aos profissionais dedicados do Departamento de Comércio dos EUA pelo trabalho diligente nesses casos complexos”, disse Marco Levi, CEO da Ferroglobe PLC. “Aguardamos ansiosamente as decisões finais em dezembro.”
“Essas decisões são um passo importante para o retorno da concorrência justa no mercado americano”, disse Eddie Boardwine, CEO da Mississippi Silicon. “Para nossos funcionários, clientes e comunidades, esta ação ajuda a garantir um futuro sólido para a indústria americana.”
Sobre a Ferroglobe e a Mississippi Silicon
A Ferroglobe é uma subsidiária integral nos EUA da Ferroglobe PLC, líder mundial na produção de ferrossilício, silício metálico e ligas à base de manganês, atendendo a uma base de clientes em todo o mundo em mercados finais dinâmicos e em rápido crescimento, como energia solar, automotiva, bens de consumo, construção e energia. Por meio de suas subsidiárias, a Ferroglobe possui instalações de fabricação metalúrgica e outras operações em Ohio, Virgínia Ocidental, Carolina do Sul, Alabama, Indiana, Flórida e Kentucky.
A Mississippi Silicon LLC é uma parceria entre a Rima Holding USA, Inc. e a Clean Tech I LLC. A Rima Holding USA Inc. é acionista majoritária da MS e também está associada à Rima Industrial S/A, líder na produção de ferroligas e metais não ferrosos no Brasil. A Clean Tech I LLC é uma parceria composta por investidores estratégicos e consultores financeiros. A operação de fabricação da MS está sediada em Burnsville, Mississippi, e seu silício metálico atende clientes em todos os Estados Unidos em uma ampla gama de setores, incluindo alumínio, automotivo e químico, células solares e semicondutores.