Jean-Pierre Bemba, Ministro dos Transportes e Comunicações e ex-Ministro da Defesa, provocou uma forte reação na sexta-feira passada durante sua visita à Universidade Pedagógica Nacional (UPN) em Kinshasa. No meio de uma campanha de recrutamento para as Forças Armadas da República Democrática do Congo (FARDC), o vice-primeiro-ministro foi parado por um estudante que lhe perguntou quantos de seus filhos haviam se alistado no exército.
Em um vídeo amador que já está circulando nas redes sociais, Jean-Pierre Bemba reagiu com uma pergunta surpreendente: “Eu te forcei a entrar para o exército?” »
A reação de Bemba imediatamente gerou discussões nas redes sociais. Para alguns, a pergunta do estudante sobre o comprometimento militar exemplar de Bemba é legítima, especialmente quando um líder convoca os jovens a se alistarem. Mas para outros, a resposta do ministro parece fugir da questão, ou até mesmo banalizá-la.
Esta cena ocorre em um contexto em que o governo congolês busca fortalecer seu efetivo militar, principalmente diante das ameaças à segurança no leste do país. Jean-Pierre Bemba, na sua qualidade de Ministro dos Transportes, mas também como antigo líder militar, intensificou recentemente os seus apelos para que os jovens se juntem às fileiras do exército para defender a nação.
Este incidente levanta mais uma vez a questão da coerência entre discursos políticos e ações pessoais de figuras públicas. Embora Bemba tenha desempenhado um papel fundamental como líder militar durante conflitos passados, suas declarações atuais e a resposta ao estudante reacenderam o debate sobre o comprometimento pessoal dos líderes políticos com a defesa nacional.
Hoje, esse vídeo ainda pode estar alimentando debates nas redes sociais, e a questão permanece: os políticos devem incentivar o serviço militar sem dar o exemplo dentro de suas próprias famílias?