A ministra da Saúde, Silvia Valentim Lutucuta, enfrenta críticas crescentes diante da alarmante falta de equipamentos médicos essenciais, como um aparelho de Tomografia Computadorizada (TAC), em várias províncias do país. A situação é ainda mais preocupante considerando os milhões de dólares investidos na construção de hospitais de ponta, que, segundo denúncias, têm uma taxa de atendimento residual.
Em Benguela, por exemplo, cidadãos em estado de convalescença grave são obrigados a percorrer 600 km até Luanda para realizar um exame de TAC. Este deslocamento não apenas representa um desafio logístico, mas também um risco significativo à saúde dos pacientes, que muitas vezes não podem esperar por um diagnóstico crítico.
O problema se agrava pela inexistência de equipamentos médicos nas províncias mais próximas, levando os cidadãos a depender da capital para serviços básicos de saúde. A situação levanta questões sobre a prioridade dada aos investimentos em saúde e a capacidade do governo de fornecer serviços essenciais à população.
A indignação também se estende à comparação entre os custos de um aparelho de TAC e os luxuosos veículos, como o Lexus, que são atribuídos a cada um dos 220 deputados e aos mais de 60 membros do executivo central. Essa disparidade sugere uma gestão questionável dos recursos públicos e uma falta de compromisso com a saúde e o bem-estar da população.
Diante desse cenário, a sociedade angolana clama por soluções efetivas e uma revisão das prioridades na gestão da saúde, para que investimentos significativos sejam direcionados a equipamentos que realmente salvam vidas e atendem às necessidades da população.
Por: José Mauro